Rodney Silva é jornalista, sócio e diretor de Marketing da Be220
Em uma conversa informal com uma amiga, recebi o desafio: transbordem! Ela falava sobre a empresa em que sou sócio, mas principalmente sobre a cultura que transparecemos no nosso dia a dia. Ou seja, uma cultura colaborativa, alinhada com a nova economia, que é baseada na troca de conhecimento e no compartilhamento de experiências.
Mas o que significa atuar dessa forma? O que representa realmente adotar uma postura colaborativa não apenas dentro da empresa, entre pessoas e times, mas também fora dela?
Com base na nossa experiência, começa por assumir todos os dias o compromisso com algo maior que o caixa da empresa. Isto é, maior do que o crescimento individual ou de um grupo pequeno de pessoas. É preciso pensar sobre Porto Alegre, sobre o Rio Grande do Sul, sobre o nosso País. É preciso enxergar o ecossistema de tecnologia que tem sido construído na nossa região e como podemos fazê-lo ainda maior, melhor. É preciso estender a mão para empresas menores, trocar com empresas já estabelecidas e contar com empresas de grande porte. Enfim, é preciso colaborar.
Se observarmos a etimologia da palavra COLABORAR, ela vem do Latim colaborare, mais especificamente da junção do sufixo “com”, que significa “junto”, com a palavra “laborare”, que representa “trabalho”. Portanto, trabalhar juntos por um objetivo comum. Assim, se um cresce, todos crescemos.
É o caso, por exemplo, da recente campanha para trazer para a capital dos gaúchos um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, o Web Summit. O trabalho iniciado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, em parceria com organizações como o Pacto Alegre e outras, já colocou a nossa cidade na disputa final, ao lado do Rio de Janeiro. Apesar dos encantos da “cidade maravilhosa”, nas redes sociais, os gaúchos têm mostrado a união desse ecossistema tecnológico que está sendo formado aqui. Milhares de pessoas e empresas prontamente aderiram à campanha compartilhando a #WebSummitPoa e mostrando ao CEO do evento, Paddy Cosgrave, o quanto estamos alinhados. E podemos mostrar mais!
Podemos mostrar o conhecimento que é produzido nas nossas universidades, mostrar os profissionais diferenciados que temos trabalhando nesse projeto de construção de um grande ecossistema de tecnologia, ciência e conhecimento. E que, diferente de anos atrás quando o destino era migrar para o eixo Rio-São Paulo, agora, esses pesquisadores e profissionais têm motivos para ficar.
Se dentro da nossa empresa esta já é uma cultura sedimentada, este texto é o compromisso que assumi com a amiga que citei anteriormente. É a nossa tentativa de transbordar esses valores, esse olhar. Mais ainda, é colaborar com tantas outras organizações e pessoas que eu sei que estão juntas neste movimento. É, por fim, conectar-nos para, juntos, crescermos ainda mais e vivermos a verdadeira cultura colaborativa.