Sociedade é mobilizada para criação de marca da Capital

Grande grupo de pessoas em sala universitária agrupadas em mesas

Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Criar uma marca para Porto Alegre que a defina na lembrança dos brasileiros e projete a cidade no exterior. Com este intuito, o workshop Insights sobre Porto Alegre coletou, nesta sexta-feira, 12, no campus da Unisinos, as ideias que refletem as percepções dos mais diversos segmentos sociais da Capital. O evento é uma ação paralela do Pacto Alegre, aliança do poder público e sociedade civil organizada que pretende transformar a cidade em referência de inovação e qualidade de vida.

Promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Design do RS (Abedesign-RS), o workshop reuniu mais de 120 voluntários vindos de áreas periféricas e regiões centrais do município. As experiências compartilhadas voluntariamente no encontro serão usadas como guia para construir o posicionamento de uma marca para Porto Alegre, a exemplo de cidades como Nova York (Estados Unidos) e Melbourne (Austrália).

O secretário de Comunicação, Orestes de Andrade Jr., explica que o objetivo é criar uma identidade a várias mãos. “Vamos analisar o passado e o presente junto da população para projetar o futuro. Algo que simbolize o que realmente a cidade representa tanto para nós, quanto para o estado, o Brasil e, sobretudo, o mundo”, esclarece.

Para o diretor de Inovação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Paulo Ardenghi, a melhor forma de avançar é através da construção coletiva. “Essa é a grande importância do Pacto Alegre, onde as pessoas são chamadas a sentar para dialogar e pensar, tendo a Prefeitura como um partícipe, e não como responsável única”, enfatiza.

Consciência coletiva

Segundo Átila Franco, diretor regional da Abedesign-RS, a intenção é dar um novo olhar que represente toda a diversidade da Capital. “A gente sabe que existem muitos gargalos, como em toda grande cidade, mas existem muitas coisas que nós mesmos conseguimos resolver se tivermos visões positivas de futuro”, afirma. “Entender as diversas facetas étnicas, culturais e de gênero são o caminho para uma Porto Alegre mais moderna”, acrescenta Kdoo Guerreiro, do Kilombo da Arte, um dos movimentos convidados para a ação.

Os voluntários foram divididos em dez grupos dinâmicos e dialogaram sobre “a Porto Alegre que deve ser reconhecida por nós ou pelo mundo”. Em quatro rodadas de 30 minutos, eles responderam a questões sobre o que era bom no passado, o que seria incrível no futuro, pontos positivos atuais, qual frase define a cidade e o que isso representa para avançar. As ideias foram agrupadas para que seja definida nos próximos encontros a visão coletiva da Capital. A apresentação final será feita no início de dezembro.