POA: Ambiente e Ecossistemas de Classe Mundial

Adão Villaverde autor do texto

Adão Villaverde - Engenheiro, Professor de Gestão do Conhecimento e da Inovação PUCRS, Consultor/Mentoria IMED

Existe um consenso que estamos vivendo mais que uma era de mudanças, experimentamos uma mudança de era. Talvez a mais ampla, aguda e abrangente da história da humanidade. Vê-se uma enorme confluência de transformações e alterações, que associadas de forma síncronas e sinérgicas ao saber, ao conhecimento e à inteligência, conferem um agigantado potencial de metamorfose ao nosso tempo. Revelando realmente que já estamos partilhando e compartilhando uma época de vicissitudes e transmutações.

 

Já coabitamos com um tempo de disrupção, que não transformou apenas as questões materiais, mas modificou a vida tal como a concebemos e nos habituamos a ela. Isto vem de antes da pandemia, a dinâmica decorrente dela foi uma espécie de catalisadora deste processo. Mas ele já estava em curso.

 

É neste universo que se colocam as alterações requeridas pelos novos tempos. Nossa cidade por exemplo, conta com ambiente científico-técnico e ecossistemas inovativos de classe mundial e tem no “Pacto Alegre”, o acolhimento a altura para as temáticas da criatividade, da aceleração e do empreendedorismo que cidade requer. Que fundadas nas vocações e vantagens competitivas enormes centradas nestas conexões, serão decisivas para avançar nosso protagonismo, especialmente alicerçado também, nas experiências exitosas que nos trouxeram até aqui.

 

Ainda que exemplos possam ser reducionistas, é tudo isto que abre e pavimenta caminhos para que nossa Porto Alegre possa ser escolhida como sede sul-americana do Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, a ser realizado no Brasil em 2022.

 

E isto vai evidenciando que nosso futuro se dará em novas bases e suportado por ativos intangíveis de setores intensivos em inteligência e tecnologia. Onde inovação e colaboração devem atuar de forma síncrona, sendo simultaneamente eixo estruturante e vetor de transversalidade das relações em sociedade.

Para enfrentarmos de um lado, os dilemas das metrópoles, como a estagnação do desenvolvimento econômico, a exclusão social e seus crescimentos urbanos desordenados e desorganizados. E de outro, servir de esteiras para articular de maneira concertada o conjunto das políticas públicas, como saúde, educação, segurança, assistência, mobilidade, saneamento, habitação, acessibilidade, assistência, dentre outras.

 

Respeitando e estimulando as diferenças em toda sua amplitude, sempre fontes imaginativas, criativas e férteis, pois estas são fatores centrais do processo de desenvolvimento na sociedade do conhecimento que vivemos.

 

E assim fazermos avançar o emprego, a renda, a inclusão, o desenvolvimento e fundamentalmente, gerar valor para as organizações e para a sociedade. Para que sobretudo possamos conferir qualidade e melhora de vida para as pessoas. Pois ao fim e ao cabo estes são fatores de compromissos de uma cidade que acolhe, compartilha, empreende, se desenvolve, é generosa e inclui.

 

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*Engenheiro, Professor de Gestão do Conhecimento e da Inovação PUCRS, Consultor/Mentoria IMED, ex-Presidente do Fórum Nacional de Secretári@s de CT&I do Brasil, autor do PL-Base p/ Lei de Inovação do RS, Doutorando em Educação em Ciências UFRGS, ex-Secretário de Estado e ex-Presidente da AL-RS.